As Principais Doenças Encontradas no Solo – Confira!

doenças na plantação de café

Muitos são os métodos utilizados para que uma plantação seja produtiva. Porém, por vezes os esforços se concentram somente na planta em si, não recebendo o solo a sua devida atenção. Algumas doenças que podem atacar a cultura, podem ser provenientes terra, e são capazes de comprometer toda a produção!
No artigo de hoje vamos conhecer um pouco melhor as Doenças Encontradas no Solo! Apresentaremos as principais doenças, bem como algumas pragas que acontecem principalmente em plantações de milho, café, cana e soja.

O que são Doenças do Solo

Incialmente, vamos entender um pouco sobre a composição do solo, que é formada por minerais, incluindo limo, areia, argila, pedras, e também algumas matérias orgânicas que vão sendo depositadas sobre o solo. Quando não recebe os devidos cuidados, este ambiente pode se tornar meio de proliferação de pragas e doenças, que pode comprometer uma plantação por completa, impactando negativamente sobre o crescimento e desenvolvimento da planta. Quanto aos sintomas, eles podem se apresentar de diferentes formas, dependendo do agente causador. As doenças podem continuar presentes no solo por um longo período de tempo, sendo difícil a sua remoção, por isso a prevenção é o melhor caminho. Mas antes de tudo, vamos conhecer as doenças.
Falaremos delas em duas etapas: doenças originadas de fungos e pragas.

Pragas no Solo

Quando falamos de pragas, estamos nos referindo a insetos que podem ser prejudiciais a lavoura, tanto enquanto larvas, quanto em fase adulta. Confira abaixo!

pragas no solo

Lagarta-Elasmo ou Broca do Colo (Elasmopalpus Lignosellus)

São larvas que atingem o colo da planta, parte que se localiza próxima a superfície do solo. Em menores períodos de tempo acometem mais agressivamente as culturas de amendoim, milho feijão, soja, trigo e arroz. Atrapalha o desenvolvimento da planta, levando- a à murchar, e morrer.
Quando proliferação acontece com frequência, é necessária a intervenção de defensivos agrícolas nas sementes, e em períodos se seca em toda a área onde se encontre o plantio.

Lagarta elasmo Elasmopalpus Lignosellus doenças no solo
Tamanduá-da-Soja (Sternechus Subsignatus)

Caracteriza-se por atacar principalmente lavouras de soja. Também é conhecido como Bicudo-da- Soja. Esta praga é um tipo de besouro. Quando alcança a sua fase adulta, sai do solo a procura de alimento. Desta forma se desenvolvem e começam a voar, alcançando rapidamente as áreas do plantio. Quanto ao seu meio de proliferação, as fêmeas depositam seus ovos na haste da planta por meio de um pequeno furo que por elas é executado. Eles se desenvolvem, dando origem as larvas. No mês de março, elas se dirigem ao solo, permanecendo até outubro no casulo, iniciando a sua transformação de larva para inseto que dura de 3 a 4 semanas. Após este período se tornam adultas.

O Tamanduá-da-soja raspa a haste da planta, fazendo com que os tecidos da mesma se enfraqueçam. Por se tratarem de tecidos de suporte, ao sofrerem a ação de chuvas e ventos, a planta pode facilmente se quebrar, podendo influenciar negativamente no potencial produtivo.

pragas no solo Tamanduá-da-Soja (Sternechus Subsignatus)
Coró da Soja (Phyllophaga Cuyabana)

Encontra-se presente no solo, e alimenta-se das raízes de diversas lavouras, como café, milho, morango, feijão, e muitas outras hortaliças em geral. Isso pode levar a planta a não se desenvolver, como também acometer a sua produção. Isso será relativo, dependendo do estágio de desenvolvimento em que a planta se encontrar.

Quando já presente em grande parte da lavoura, existe grande dificuldade em combate-la, mesmo com a intervenção de defensivos. Uma das medidas que podem ser adotadas, é à adoção do adubo verde, que consiste em cultivar plantas no solo próprias para oferecer melhores condições ao mesmo, como é o caso da crotalária. Pode ser plantada antes ou depois de um cultivo. Ao se alimentar de suas raízes, o Coró da soja morre.

pragas no solo Coró da Soja (Phyllophaga Cuyabana)
Broca-do-Café (Hypothenemus Hampei)

Apesar de atualmente já não estar presente nas lavouras com tanta frequência, como o acontecia a alguns anos atrás, este besouro pode se fazer presente em qualquer local do mundo onde exista plantação de café. Pode atacar o grão independente do seu grau de maturação, ainda que estes se apresentem secos, o que resulta em perdas no peso e na qualidade do café.

pragas no solo broca do café
Doenças Fúngicas

Neste caso trabalharemos com os fungos como agente causador de doenças. Assim como os parasitas que utilizam de um hospedeiro como meio de sobrevivência, eles assim se comportam com as plantas, se prendendo a elas para conseguir alimento. Vejamos quais são as que acometem as principais culturas!

Tombamento (Rhizoctonia Solani)

Caracteriza-se por levar ao apodrecimento de diversas raízes de plantações de milho, algodão, amendoim, arroz, dentre muitas outras. Isso acaba por acometer o desenvolvimento da planta, sua pigmentação, levando até mesmo a necrose do tecido vegetal, atrapalhando o fluxo de seiva.

Antracnose (Colletotrichum Dematium Var. Truncata)

Acontece preferencialmente em lavouras de soja. Localiza-se no solo, podendo ocasionar a morte de plantas que se encontrem em estágio mais jovem. Quanto aos sintomas, este fungo leva ao escurecimento das vagens, e também a sua deformação, podendo fazer com que estas venham a cair.

pragas no solo Antracnose (Colletotrichum Dematium Var. Truncata)
Podridão do Abacaxi (Ceratocystis Paradoxa)

Ataca na maioria dos casos plantações de cana-de-açucar. Caracteriza-se por causar aberturas naturais, ou machucados na planta, sendo este o seu meio de entrada, e colonização. Como consequência a germinação das plantas torna-se baixa, levando também a morte dos brotos.
Percebe-se a presença do fungo devido ao aparecimento de uma coloração de tom avermelhado, que se manifesta no interior da cana, liberando um cheiro de abacaxi, sendo também este fator responsável pela sua nomenclatura. A Podridão do abacaxi tem preferência por locais que se caracterizam pela presença de alta umidade, e por este motivo é propícia a locais de temperaturas mais baixas, solos mais argilosos e com muita umidade.
Estas são algumas das doenças mais recorrentes, mas é importante frisar que existem muitas outras. Vamos conhecer agora alguns meios que contribuem para a redução do impacto destes agentes nas plantações.

doenças na plantação Podridão do Abacaxi (Ceratocystis Paradoxa)
Como Prevenir e Remediar as Doenças do Solo?

Vamos conhecer alguns meio para a recuperação de culturas que já sofreram danos por meio de pragas e fungos.

Rotação de Culturas

A rotação de culturas leva ao equilíbrio natural, contribuindo para a preservação de interação entre muitos organismos que se fazem presentes no ambiente, para a reposição de nutrientes, e fortalecimento da planta. Para simplificar o entendimento, temos que a mudança de uma cultura, faz com que doenças que se alimentavam da plantação anterior se enfraqueçam, podendo chegar até mesmo ao desaparecimento.

Escolha do Cultivar mais Adequado

Conhecer as condições climáticas e do solo para escolher o que será plantado é um fator extremamente importante, pois desta maneira será possível escolher a planta que terá melhor adaptação e resistência em uma determinada região.

Preparo do Solo

Algumas características referentes ao solo podem tornar mais propício o aparecimento de doenças, por isso antes de iniciar uma agricultura é importante observar as necessidades do solo com relação aos nutrientes, e drenagem do solo por exemplo.

Origem e Tratamento das Sementes

Os tratamentos utilizados a base de defensivos em sementes devem contribuir para que esta crie maior resistência aos patógenos. Isso também contribuirá para que doenças antes não existentes no solo não venham a contaminá-lo.

Adoção de Novas Tecnologias

Existem muitas tecnologias que contribuem para o planejamento, monitoramento e controle para a realização da aplicação de defensivos na plantação. É também conhecida como agricultura de precisão. Existem softwares que possibilitam por exemplo a realização da amostragem do solo, e mapeamento do talhão, dando base para tratamentos mais eficientes tanto para adubação, quanto para a utilização de defensivos agrícolas no controle de pragas.

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