Os anos que são marcados por períodos de seca podem afetar negativamente a produção do café com relação ao vigamento dos frutos e desenvolvimento do café. No entanto, quando posteriormente a este período temos verões com volumosas chuvas, podemos ter um cenário ideal para reverter esta situação em um excedente hídrico no solo, capaz de recuperar o desenvolvimento da planta pelo crescimento de novas folhas e nós. Elas se tornam mais sadias, vigorosas e trazem ao produtor uma nova e mais positiva expectativa com relação à safra.
Vamos ver logo a seguir como os períodos de seca e calor excessivo se comportam nas plantações cafeeiras, tanto na planta adulta quanto na recém-plantada! Segue com a gente!
Lavouras Adultas
Para o crescimento das raízes, ramos, folhas e em especial os frutos, o cafeeiro capita energia luminosa e a transforma em energia química(carboidratos). Alguns sinais revelados pela planta, como: rápido crescimento dos frutos e ramos, e ausência da queda dos mesmos, demonstram que os carboidratos estão sendo direcionados a nível suficiente para crescimento, e desenvolvimento da planta como um todo. Vale ressaltar que as condições ideais para o melhor desenvolvimento da planta caracteriza-se por chuvas amenas e temperaturas até 32ºC.
Um verão de chuvas abundantes após um ano com períodos de seca contribui muito para a recuperação da lavoura, porém a energia produzida equivale apenas ao necessário para suprir as demandas diárias dos drenos do cafeeiro, o que significa que não haverá nenhuma reserva caso seja necessário. Diante disso, se a planta tiver que enfrentar novamente um período de seca prolongada poderá esgotar os carboidratos, resultando em um desequilíbrio entre a fonte e o dreno, ocasionado na perda de folhas, e tornando a planta mais suscetível ao ataque de pragas e doenças. Caso se estenda até fevereiro/março a granação também poderá ser prejudicada, resultando em grãos chochos.
Lavouras Recém-implantadas
Como vimos acima, o calor excessivo apesar de ser prejudicial para planta adulta, a mesma possui certa reserva de energia, o que confere a ela maior resistência neste cenário por um certo período de tempo, com uma melhor reação ao clima enquanto suas reservas durarem. Porém nas mudas plantadas recentemente os danos são muito maiores. As suas raízes ainda são insuficientes, e a capacidade de reposição da água perdida pela transpiração das folhas é muito pequena.
O que fazer?
Devido a isso, a planta vem a murchar e a única maneira de minimizar este efeito é irrigando-a na quantidade de vezes em que for necessário. Caso está ação não seja feita, a muda se enfraquecerá cada vez mais, enfrentará problemas para se desenvolver e não se tornará saudável em sua faze adulta. Se o calor oferecer consequências excessivas e que se sobressaiam aos benefícios da irrigação, este método de recuperação não será tão eficiente. No entanto, se esta medida não for adotada, as plantas poderão murchar, secar e morrer.